Risco cirúrgico é um tipo de avaliação feita no paciente a fim de verificar seu estado de saúde antes de passar por um procedimento cirúrgico. Envolve encontrar a gravidade de qualquer doença para que seja possível evitar prejuízos sérios durante uma cirurgia, bem como analisar o modo como o paciente poderá se recuperar no pós-operatório.
É importante se preocupar com o risco cirúrgico devido ao fato de que existem certos tipos de procedimentos, ou cirurgias médicas, que podem ser de risco, como aquelas com mais de quatro horas de duração.
Os riscos variam muito, e vão desde perdas sanguíneas a doenças cardiovasculares ou infecções hospitalares. Veja mais sobre a importância de estar atento quanto ao risco cirúrgico.
Por que é importante se preocupar com o risco cirúrgico?
Um bom preparo pré-operatório é essencial para que qualquer cirurgia seja um sucesso. Essa avaliação tem como metas iniciais identificar qualquer gravidade de uma doença que possa trazer danos à própria cirurgia em si e à evolução pós-operatória de um paciente.
Toda cirurgia demanda cuidados importantes com a finalidade de que o paciente esteja bem antes, durante e após o procedimento, daí a importância de fazer um checkup com diversos exames laboratoriais. Vejamos alguns deles:
Hemograma completo
O hemograma completo é um dos exames mais utilizados para descobrir doenças, principalmente para saber se o paciente tem alguma infecção, anemia, inflamações, doenças mais graves, como leucemia, vírus e bactérias.
Dentro do hemograma, são feitos também um eritrograma, que é a avaliação dos glóbulos vermelhos, e um leucograma, que faz a contagem dos glóbulos brancos. Também é feita uma avaliação das plaquetas.
Exame parasitológico de fezes
O exame de fezes é muito importante para o pré-operatório, pois com ele é possível identificar a presença de parasitas e helmintos intestinais.
Exame de urina tipo I
No exame de urina são realizados três tipos de avaliação: físicas, químicas e microscópicas. Por intermédio delas, é identificada qualquer infecção no trato urinário. Para ser eficaz, o exame é feito pela colheita da primeira urina do dia.
Glicemia
É o exame que detecta e diagnostica a hipoglicemia e a hiperglicemia. É importante realizá-lo em jejum ou estar sem comer há pelo menos 12 horas.
Exame do colesterol
É importante para detectar doenças do coração. Nele são avaliados os níveis do colesterol. Uma elevação pode estar associada a problemas de aterosclerose.
Coagulograma
Esse exame é de grande importância para qualquer pré-operatório, visto que ele identifica a possibilidade de coagulação do sangue ou se há algum distúrbio que possa levar a hemorragias.
Embora não haja impedimento da cirurgia em qualquer diagnóstico, esse problema deve exigir atenção redobrada dos médicos, visto que há riscos na cirurgia e pode haver algum agravamento na recuperação do paciente.
Eletrocardiograma
É um exame bastante rápido, não invasivo e indolor. É outro que está entre os principais exames solicitados para detectar anomalias do coração, o que pode ocasionar algum problema durante a cirurgia.
Caso o paciente apresente algum problema cardíaco, é importante consultar um cardiologista antes da cirurgia.
Raios X de tórax e espirometria
Exames solicitados caso o paciente seja asmático ou fumante. São feitos para avaliar o estado dos pulmões.
Ureia e creatinina
São importantes para avaliar as funções renais, que devem estar em perfeito funcionamento, a fim de que se possa excretar as substâncias e medicamentos injetados ao final da cirurgia.
Quais são os cuidados pré-cirúrgicos adicionais?
Todo procedimento cirúrgico exige, além desses exames, que o paciente atente para o seguinte:
- evitar fumar ou, se for fumante, suspender o cigarro por uma semana antes do procedimento;
- evitar bebida alcoólica pelo mesmo período;
- não consumir medicamentos;
- evitar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos, salvo se for acompanhado pelo médico;
- se mulher, evitar o uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis no período de 30 dias antes da cirurgia.
Os exames do risco cirúrgico devem ser realizados rigorosamente pelo paciente, em todo pré-operatório. Havendo qualquer alteração, o médico responsável deve tratá-la primeiro, a fim de não haver transtornos para o paciente e ele não corra riscos desnecessários no momento da cirurgia.
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