Cirurgia plástica reparadora ou estética: qual a diferença?

Ao longo dos últimos anos, Brasil e Estados Unidos vêm se posicionando como os dois países com maiores números de cirurgias plásticas reparadoras e estéticas realizadas.

Em 2013, o Brasil realizou 1,49 milhão de intervenções cirúrgicas, seja por razões estéticas ou reparadoras. Os dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, em inglês).

As cirurgias reparadoras em nosso país vêm crescendo mais do que as estéticas, e hoje, já representam 40% do total de casos. Veja a diferença entre elas.

Cirurgia plástica reparadora

Como seu nome indica, a cirurgia plástica reparadora visa promover uma correção em deformidades ocasionadas por lesões acidentais, assim como em defeitos congênitos ou adquiridos. Também é assim caracterizada quando o paciente apresenta alguma deficiência funcional que possa ser corrigida por cirurgia plástica.

Em uma cirurgia oncológica, por exemplo, para retirada de um tumor, pode surgir defeitos muito grandes. Em casos dessa natureza, a cirurgia reparadora é necessária para reconstrução local do defeito gerado. É o que ocorre, também, com pacientes que sofreram queimaduras severas. Malformações faciais, assim como casos de lábio leporino constituem exemplos de cirurgias reparadoras por motivos congênitos.

Pela natureza de seu objeto, a cirurgia plástica reparadora tem prioridade nos diversos hospitais públicos e são cobertas por planos de saúde, segundo nossa legislação. A esse respeito, é interessante observar que o Supremo Tribunal Federal (STF), no ano de 2010, considerou que o procedimento cirúrgico para retirada de excesso de pele constituía uma parte do tratamento contra a obesidade e, assim, determinou que fosse coberto pelos planos de saúde no país.

São casos mais comuns de cirurgia plástica reparadora, em ordem decrescente de ocorrência:

  • Tumores cutâneos;
  • Defeitos congênitos;
  • Reconstrução mamária;
  • Acidentes domésticos;
  • Acidentes urbanos.

Também são exemplos de casos ocorrentes desse tipo de cirurgia: paralisia facial, reconstruções pós-traumáticas diversas e cirurgias de mão (traumas e amputações).

Cirurgia plástica estética

Esse tipo de cirurgia plástica visa adequar alguma parte do corpo às concepções estéticas do paciente e da sociedade. O objetivo, nesses casos, é melhorar a aparência do paciente adequando-o aos conceitos de seu grupo social.

Na cirurgia plástica estética, não há obrigatoriamente uma necessidade funcional, nem ocorre necessariamente uma demanda no estado físico de saúde do paciente. A principal intenção é aperfeiçoar as formas de uma determinada região do corpo, como mamas caídas ou o desenho das orelhas.

Nesses casos, existe a busca pela elevação da autoestima do paciente. Os prejuízos psicológicos causados aos pacientes por essas alterações estéticas justificam a correção das mesmas. As maiores incidências desses tipos de cirurgias plásticas são:

  • Aumento dos seios;
  • Lipoaspiração;
  • Retirada do excesso de pele da barriga;
  • Redução dos seios;
  • Correção de pálpebras.

Outros exemplos que podem ser referidos são: reparação do formato do nariz, cirurgia íntima, redução de mama masculina, entre outros.

Cuidados pré e pós-operatórios

O sucesso de uma cirurgia plástica reparadora ou estética não está, exclusivamente, na dependência do planejamento e na qualidade do profissional que a conduzirá. Portanto, em qualquer que seja o tipo de cirurgia, alguns cuidados precisam ser observados pelo paciente.

Pré-operatórios

  • Comparecer ao hospital em jejum;
  • Se fumante, suspender o consumo de cigarro pelo menos 14 dias antes;
  • Suspender, sob orientação médica, o consumo de medicamentos com ácido acetil salicílico (AAS);
  • Suspender medicamentos hormonais.

Pós-operatórios

  • Se fumante, manter a suspensão do consumo de cigarro;
  • Manter a suspensão de medicamentos hormonais;
  • Evitar ambientes muito frios e muito quentes;
  • Evitar estar sob o sol nos 60 dias seguintes;
  • Evitar exercícios físicos intensos.

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